Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, afirma que Moscovo está preparado para enfrentar os países ocidentais se quiserem um “campo de batalha” para resolver o conflito aberto na Ucrânia.
“Se eles querem um campo de batalha, haverá um campo de batalha”, declara o chefe da diplomacia russa, durante uma presença no Conselho da Federação, a Câmara Alta do Parlamento russo, depois de ter sido confirmado por Vladimir Putin de o manter no cargo.
De acordo com Lavrov, a Rússia está pronta para negociar a paz e, nas conversações de Istambul, organizadas nas primeiras semanas do conflito, as partes estiveram “a um passo de assinar um documento inicial” – este princípio de acordo teria aberto a porta ao fim da ofensiva “com condições que os patrocinadores da Ucrânia agora admitem que teriam sido benéficas”.
“Eles enganaram-nos novamente, por isso fomos obrigados a continuar a lutar”, acrescenta Lavrov, que volta a questionar a conferência de paz organizada em meados de junho na Suíça e da qual, admite, apenas surgirá um “novo ultimato” para Moscovo, como um “mau aluno” repreendido após uma reunião de professores.
Neste sentido, destaca que a Suíça já não é neutra, pois “claramente ficou ao lado da Ucrânia”, garantindo que, como fórmula de paz, a da China “é a mais completa”.
